B. A base no ensinamento universal da Igreja antiga…
Falei da doutrina encontrada nas Escrituras Sagradas da Igreja. Agora quero falar da doutrina encontrada na Tradição Sagrada dela. Mas, primeiro, deixe-me citar mais uma passagem da Bíblia.
2 Macabeus 12:36-46
36No entanto, as tropas de Esdrin, que combatiam há muito tempo, achavam-se fatigadas; então Judas suplicou ao Senhor que se mostrasse seu aliado e os guiasse no combate. 37E, começando a entoar cantos na língua pátria e lançando o grito de guerra, atirou-se inopinadamente sobre os soldados de Górgias e os pôs em fuga. 38Quando havia reunido seu exército, Judas alcançou a cidade de Odolão e, chegando o sétimo dia da semana, purificaram-se segundo o costume e celebraram ali o sábado. 39No dia seguinte, Judas e seus companheiros foram tirar os corpos dos mortos, como era necessário, para depô-los na sepultura ao lado de seus pais. 40Ora, sob a túnica de cada um encontraram objetos consagrados aos ídolos de Jânia, proibidos aos judeus pela lei: todos, pois, reconheceram que fora esta a causa de sua morte. 41Bendisseram, pois, a mão do justo juiz, o Senhor, que faz aparecer as coisas ocultas, 42e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados. 43Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, 44porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. 45Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, 46era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.
Aqui vemos que Judas Macabeus foi elogiado porque ele fez sacrafício para libertar alguns queridos mortos dos pecados deles. De novo, o argumento das Escrituras é que, aqueles no inferno não podem ser libertados dos seus pecados, e aqueles no Céu não têm necessidade disso. “Mas essa idéia viola a expiação de Cristo por nossos pecados,” talvez você esteja tentada dizer. A resposta é não, não viola—não mais que qualquer outro sacrifício dos judeus antes da Incarnação. Claro que todo pecado está expiado por Cristo, até pecados daqueles quem viviam antes da Incarnação. Todos sacrifícios judaicos apontaram a Cristo. Por causa disso, aqueles sacrifícios foram eficazes, até quando feito para um outro. Leia Jó 42:7-9 onde ele faz um sacrifíco para os amigos dele no mandar de Deus, e em Jó 1:5 onde ele purificou os filhos dele por fazer sacrifícios por eles.
Realmente, porém, eu imagino que você não aceita o testemunho de 2 Macabeus como ser testemunho bíblico. Posso compreender isso, pois nós dois fomos criados como protestantes. Mas, considere esta pergunta, querida: quem decidiu que este livro não deve estar na Bíblia? Algum indivíduo, um Martin Lutero, um João Calvino? Quem foram eles para ter a autoridade decidir? Eles mesmos receberam a Bíblia inteira, ela mesma, da Igreja Católica a qual estebleceu a Bíblia sob da orientação do Espirito Santo.
Mas, alguns indivíduos apareceram quem não gostaram algum ensinamento e, por isso, eles rejeitaram o livro (Lutero queria rejeitar o livro de Tiago também, porque ensina que não somos salvos pela fé somente; ele queria tirar Hebreus e Apocalipse também). Mas, que atitude é essa? Não deve um individuo submeter-se ao ensinamento da Escritura em vez de julgar o que conta como Escritura baseado no próprio entendimento ou teoria? Vê meu ponto? Mas, até se nós fossemos seguir aqueles indivíduos (mas, eu não) e rejeitar 2 Macabeus como a palavra de Deus, não quer dizer que devemos necessariamente rejeitar o que o livro ensina (e a propósito, este livro foi incluido na primeira Bíblia de Lutero). Além disso, se fossemos decidir que não pegamos nossa doutrina deste livro, temos que admitir a historicidade dele. Um fato histórico é que os judeus criam que as suas orações e sacrifícios podiam ajudar os mortos. E isso é o que a Igreja cria e ensinava desde do início.
Agora eu mostro que a doutrina de Purgatório fez parte do ensinamnto da Igreja desde do início (quer dizer até antes tivemos um Novo Testamento). Os lideres e membros da Igreja antiga atestam a este fato nos pedidos e ofertas de oração que fizeram pelos fieis que partiram deste mundo. Por exemplo, considere os seguintes documentos= históricos:
Os Atos de Paul e Thecla – 160 D.C.
Thecla é pedida orar por Falconilla quem morreu e desejava ser "transferido ao lugar dos justos."
Abercius em Epitaph of Abercius – 190 D.C.
Um Cristão do segundo século escreve seu ultimo desejo para ter outros orar por ele depois da morte dele.
O Martírio de Perpetua e Felicity 2:3–4 – 202 D.C.
Perpetua orava por seu irmão morto até que ela teve segurança de ele foi "mudado do lugar de punição."
Tertullian em A Coroa 3:3 – 211 D.C.; e Monogamia 10:1–2 – 216 D.C.
Em ambas dessas obras desse Patriarca da Igreja descreve a prática da Igreja de orar pelos mortos.
Cyprian de Carthage nas Cartas 51[55]:20 – 253 D.C.
Esse Patriarca explica aqui a diferença entre aqueles quem vão imediatamente para glória e aqueles quem precisam ser "purificados e bem livrados pelo fogo".
Cyril de Jerúsalem em Sermões Cateceticais 23:5:9 – 350 D.C.
Esse Partriarca da Igreja simplesmente afirma que eles rotineiramente oram pelos mortos.
Gregory de Nyssa em Sermon on the Dead – 382 D.C.
Esse Partriarca da Igreja diz que alguns cristãos vão descobrir após a morte que eles não podem participar no estado final com Deus até eles são “livrados” por “fogo purificador”.
John Chrysostom em Homilies on First Corinthians 41:5 – 392 D.C.; e em Homilies on Philippians 3:9-10 – 402 D.C.
O primeira referência deste Partriarca aparece no Catecismo: "Socorramo-los e façamos comemoração deles. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício do seu pai por que duvidar de que as nossas ofertas pelos defuntos lhes levam alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer por eles as nossas orações”. Na segunda referência a cima, o Patriarca exorta cristãos a ajudarem aqueles que "partiram [desse mundo] na fé" mas ainda precisam ser purificados.
São Augustino em Sermões 159:1 and 172:2 – 411 D.C.; e em A Cidade de Deus 21:13 – 419 D.C.; e em Manual de Fé, Esperança, and Caridade 18:69 e 29:109 – 421 D.C.
Na primeira referência, este Patriarca da Igreja, até um herói de protestantes, distingui entre aqueles que morrem em retidão perfeita atravéz do martírio e oram pelos cristãos na terra, e aqueles quem não morrrem aperfeiçoados e por quem cristãos na terra oram. No mesmo sermão ele declara que "não há dúvida" que os mortos em Cristo são ajudados pelas nossas orações. Ele diz que a "igreja inteira observa esta prática a qual foi legada pelos Patriarcas.” Em A Cidade de Deus, alguns das obras dele mais conhecidas, usada por ambos protestantes e católicos, ele declara que "nem todos que sofrem punições temporais após à morte chegarão às punições eternas". Na próxima referência ele diz que "alguns dos fieis sejam salvos ... atravéz dum certo fogo purgatorial" e que não pode ser "negado que as almas dos mortos encontram alívio atravéz a piedade dos amigos e parentes quem são vivos ainda.”
São Francisco de Sales, escrevendo no século quinze, nos fornece com um bom resumo: "Todos os Patriarcas antigos criam [a doutrina de purgatório], e testamunharam que foi da fé apostólica. Aqui está os autores que temos por ela. Entre os discípulos dos apóstolos, S. Clement and S. Denis. Depois deles, S. Athanasius, S. Basil, S. Gregory Nazianzen, Ephrem, Cyril, Epiphanius, Chrysostom, Gregory Nyssen, Tertullian, Cyprian, Ambrose, Jerome, Augustino, Origen, Boethius, Hilary, ou seja, toda antiguidade tanto longa atrás como 1.200 anos no passado."[1] Viu que a lista inclui até os discípulos dos apóstolos que criam e ensinavam as orações pelos mortos e Purgatório? Viola boa razão para supôr que eles erravamos no que os apóstolos, com quem estavam, ensinavam.
Acima, então, é evidência suficiente que a Igreja, desde seus dias mais cedos orava pelos mortos e que sempre cria que existe um terceiro lugar que ficou com o nome Purgatório. Não contradiz outra doutrina cristã, então porque negá-la?
De fato, apareciam frequentemente grupos que eram heréticos em outras crenças quem negaram a doutrina de Purgatório. Segundo São Francisco de Sales, a primeira negação explícita de Purgatório foi das filas de arianismo, um grande grupo herético no quarto século, o qual também ensinava que Jesus foi criado por Deus e portanto não é divino—um ensinamento na face do que a Igreja formulou a doutrina da Trindade em 325 D.C., (aliás, as Testemunhas de Jeová constitui arianismo atual). Depois disso, apareceram grupos de vez em quando atravéz a história da Igreja que negaram a doutrina, enquanto a Igreja aguentou firmamente. Então chegaram os protestantes. É interesante que Lutero não negou a doutrina no início. Ele disse atravéz seu teólogo, Melanchthone, na Epistola de Lipsica Disputatione que ele firmamente cria e até sabia que Purgatório existe, o que mais tarde retirou depois em De Abroganda Missa Privata.
Interesante também, até o reformador do século 16, João Calvino, escreveu em seu Institutos da Religião Cristã que "mais que 1.300 anos atrás foi recebido que as orações devem ser oferecidas pelos mortos."[2] Ele admite que a Igreja cria isso desde do início. Mas qual é a avaliação dele deste fato? Ele declara, "Mas todos, eu confesso, cairam em erro."
Ora, para mim é uma afirmação extremamente audaciosa um indivíduo fazer, que a Igreja inteira de Jesus Cristo estava em erro por séculos sobre tão importante verdade, até chegar o indivíduo, juntamente com alguns outros, para “corrigí-la”. Realmente, é tão audacioso, que eu não posso acreditar. Enfim, minha fé em Cristo, quem declarou que os portões de inferno não venceriam a Sua Igreja, a mesma que São Paulo chama a “coluna e esteio da verdade” (1 Tim. 3:15), leva-me escolher a doutrina dela em vez do ensinamento dum indivíduo que apareceu uns 1.500 anos depois de quando Cristo a estabeleceu.
= Citado em inglês por Catholic Answers (“Respostas Católoicas”) na página http://www.catholic.com/library/Roots_of_Purgatory.asp.
São Francisco de Sales, The Catholic Controversies (Rockford, IL: TAN Books and Publishers, 1989), 378. Traducido aqui por Errin D Clark.
João Calvino, Institutes of the Christian Religion, Livro III, capítulo 5, secção 10. Citado em São Fracisco de Sales, Controversess, capítulo 9.