Thursday, April 16, 2009

Purgatório - Parte V: A Base em Razão

C. Base na razão...

A lógica de Purgatório é simples. Purgatório é uma necessidade que segue dos fatos de quem Deus é, de quem nós somos, e do que é ser finalmente salvo.

Nós sabemos por revelação divina que Deus é completamente santo e que nenhum pecado pode estar na Sua presença gloriosa. Também sabemos que a salvação que Jesus traz é salvação do pecado em si mesmo. Essas duas verdades reveladas combinam perfeitamente dum ponto de vista lógico: se nenhum pecado pode estar na presença gloriosa de Deus, e se o objetivo final de Deus para nós é que estaremos com Ele na Sua Gloria, então segue logicamente que Jesus tem que salvar-nos de nossos pecados; quer dizer, nossa pecaminosidade tem que ser totalmente erradicada. Entra mais um fato. Revelação divina e experiência também nos ensinam que nós continuamos pecar mesmo depois de conversão para Cristo. Lembre que pecado não é só ação, mas é atitude, falha, desejo, pensamento, que se guarda no coração. Então a pergunta é, como alguém que continua estar com algum nível de pecaminosidade pode ir para estar com Deus?

A resposta típica dos protestantes (embora há várias) é que Deus “nos vê atravez a justiça do Seu Filho” tal que, embora estamos ainda pecaminosos, Deus nos declara justos. O problema com essa resposta é que, se estamos verdadeiramente pecaminosos, não podemos estar com Deus no Céu. Não vamos pecar de vez em quando no Céu enquanto Deus fica chamando-nos justos. Isso é um pensamento absurdo e viola o que as Escrituras Santas ensinam. Não há pecado no Céu.

Então, o problema lógico é como é que alguém que colocou a fé em Cristo, mas morreu antes de ser purificado de pecado, foi para Céu? Pois, uma pessoa tem que ser absolutamente sem pecado para estar no Céu. Por clareza, vou pôr de novo a pergunta central e depois vou avaliar varias respostas:

Como pode alguém que coloca a fé em Cristo, mas morre antes de ser perfeitamente sem pecado, ir para Céu?

1.) Não vamos responder que somente aqueles que morrem já aperfeiçoados vão para o Céu, pois se fosse assim uma preciosa pequena quantidade de cristãos conseguiria; a maioria de nós seria perdida.

2.) Não vamos responder que morte física purifica-nos de pecado, ou todos quem morrem seriam salvos. Além disso, nós não podemos dizer que nossa morte tira pecado de nós, pois a morte é nada além da separação de corpo e alma, e pecado origina, e está feito, pela alma, por nossa vontade. Isso quer dizer que pecado é um problema da alma, não do corpo. Se alguém morre com pecaminosidade na alma, ela fica após a morte.

3.) Nem vamos dizer que meramente sendo um cristão basta. Ué? Não é que o sangue de Jesus, lavou a nós cristãos de nossos pecados? Sim, claro, mas em qual sentido? Ele certamente comprou nossa redenção. Ele certamente fez possível meu perdão. Mas a gente tem pecados que comete atravéz a maioria dos dias. Uma palavra grossa aqui, uma impaciência alí, um pensamento egoísta lá. Me dirá que nunca peca agora? Tá sem pecado já? Não diria isso, eu sei. Nem eu poderia. Nós ainda pecamos. Mas isso é exatamente do que precisamos ser salvos! A maioria dos cristãos não são sem pecado por muito tempo depois de se “lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo” (Tito 3:5), e portanto ainda tem que ser salvos de alguma pecaminosidade, seja muito ou pouco.

4.) A única resposta rasoável com respeito a aqueles quem morrem com fé em Cristo, mas ainda sendo menos que perfeitos, é que Deus Ele próprio purifica tais pessoas de pecado antes de eles entrarem o Céu. Isto é a doutrina de purgatório.

Afinal, a purificação final é uma consequência necessária dos três fatos seguintes: (a) Deus é absolutamente santo; (b) por causa de pecado original e atual nós não somos santos; e (c) salvação verdadeira é, por graça somente, se chegar ser realmente e totalmente santo. A purificação final é necessária porque ela completa a salvação daqueles quem morrem antes de ficar totalmente sanctificados. Esta purificação final é ensinada na Bíblia (1 Cor. 3:11-15), e esta purificação é exatamente o que a Igreja Católica chama Purgatório.

Em resumo, Purgatório é lógico, bíblico, e sempre fazia parte da doutrina da “fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos” (Judas 1:3). Realmente, então, é a negação de Purgatório que merece a título “heresia.”

Purgatório - Parte IV: A Base na Igreja Antiga

B. A base no ensinamento universal da Igreja antiga… 

Falei da doutrina encontrada nas Escrituras Sagradas da Igreja. Agora quero falar da doutrina encontrada na Tradição Sagrada dela. Mas, primeiro, deixe-me citar mais uma passagem da Bíblia.

 

2 Macabeus 12:36-46

 

36No entanto, as tropas de Esdrin, que combatiam há muito tempo, achavam-se fatigadas; então Judas suplicou ao Senhor que se mostrasse seu aliado e os guiasse no combate. 37E, começando a entoar cantos na língua pátria e lançando o grito de guerra, atirou-se inopinadamente sobre os soldados de Górgias e os pôs em fuga. 38Quando havia reunido seu exército, Judas alcançou a cidade de Odolão e, chegando o sétimo dia da semana, purificaram-se segundo o costume e celebraram ali o sábado. 39No dia seguinte, Judas e seus companheiros foram tirar os corpos dos mortos, como era necessário, para depô-los na sepultura ao lado de seus pais. 40Ora, sob a túnica de cada um encontraram objetos consagrados aos ídolos de Jânia, proibidos aos judeus pela lei: todos, pois, reconheceram que fora esta a causa de sua morte. 41Bendisseram, pois, a mão do justo juiz, o Senhor, que faz aparecer as coisas ocultas, 42e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados. 43Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, 44porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. 45Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, 46era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.

 

Aqui vemos que Judas Macabeus foi elogiado porque ele fez sacrafício para libertar alguns queridos mortos dos pecados deles. De novo, o argumento das Escrituras é que, aqueles no inferno não podem ser libertados dos seus pecados, e aqueles no Céu não têm necessidade disso. “Mas essa idéia viola a expiação de Cristo por nossos pecados,” talvez você esteja tentada dizer. A resposta é não, não viola—não mais que qualquer outro sacrifício dos judeus antes da Incarnação. Claro que todo pecado está expiado por Cristo, até pecados daqueles quem viviam antes da Incarnação. Todos sacrifícios judaicos apontaram a Cristo. Por causa disso, aqueles sacrifícios foram eficazes, até quando feito para um outro. Leia Jó 42:7-9 onde ele faz um sacrifíco para os amigos dele no mandar de Deus, e em Jó 1:5 onde ele purificou os filhos dele por fazer sacrifícios por eles.

 

Realmente, porém, eu imagino que você não aceita o testemunho de 2 Macabeus como ser testemunho bíblico. Posso compreender isso, pois nós dois fomos criados como protestantes. Mas, considere esta pergunta, querida: quem decidiu que este livro não deve estar na Bíblia? Algum indivíduo, um Martin Lutero, um João Calvino? Quem foram eles para ter a autoridade decidir? Eles mesmos receberam a Bíblia inteira, ela mesma, da Igreja Católica a qual estebleceu a Bíblia sob da orientação do Espirito Santo.

 

Mas, alguns indivíduos apareceram quem não gostaram algum ensinamento e, por isso, eles rejeitaram o livro (Lutero queria rejeitar o livro de Tiago também, porque ensina que não somos salvos pela fé somente; ele queria tirar Hebreus e Apocalipse também). Mas, que atitude é essa? Não deve um individuo submeter-se ao ensinamento da Escritura em vez de julgar o que conta como Escritura baseado no próprio entendimento ou teoria? Vê meu ponto? Mas, até se nós fossemos seguir aqueles indivíduos (mas, eu não) e rejeitar 2 Macabeus como a palavra de Deus, não quer dizer que devemos necessariamente rejeitar o que o livro ensina (e a propósito, este livro foi incluido na primeira Bíblia de Lutero). Além disso, se fossemos decidir que não pegamos nossa doutrina deste livro, temos que admitir a historicidade dele. Um fato histórico é que os judeus criam que as suas orações e sacrifícios podiam ajudar os mortos. E isso é o que a Igreja cria e ensinava desde do início.

 

Agora eu mostro que a doutrina de Purgatório fez parte do ensinamnto da Igreja desde do início (quer dizer até antes tivemos um Novo Testamento). Os lideres e membros da Igreja antiga atestam a este fato nos pedidos e ofertas de oração que fizeram pelos fieis que partiram deste mundo. Por exemplo, considere os seguintes documentos= históricos:

 

Os Atos de Paul e Thecla 160 D.C.

 

Thecla é pedida orar por Falconilla quem morreu e desejava ser "transferido ao lugar dos justos."

 

Abercius em Epitaph of Abercius – 190 D.C.

 

Um Cristão do segundo século escreve seu ultimo desejo para ter outros orar por ele depois da morte dele. 

 

O Martírio de Perpetua e Felicity 2:3–4 – 202 D.C.

 

Perpetua orava por seu irmão morto até que ela teve segurança de ele foi "mudado do lugar de punição."

 

Tertullian em A Coroa 3:3 – 211 D.C.; e Monogamia 10:1–2 – 216 D.C.

 

Em ambas dessas obras desse Patriarca da Igreja descreve a prática da Igreja de orar pelos mortos.

 

Cyprian de Carthage nas Cartas 51[55]:20 – 253 D.C.

 

Esse Patriarca explica aqui a diferença entre aqueles quem vão imediatamente para glória e aqueles quem precisam ser "purificados e bem livrados pelo fogo".

 

Cyril de Jerúsalem em Sermões Cateceticais  23:5:9 – 350 D.C.

 

Esse Partriarca da Igreja simplesmente afirma que eles rotineiramente oram pelos mortos.

 

Gregory de Nyssa em Sermon on the Dead – 382 D.C.

 

Esse Partriarca da Igreja diz que alguns cristãos vão descobrir após a morte que eles não podem participar no estado final com Deus até eles são “livrados” por “fogo purificador”.

 

John Chrysostom em Homilies on First Corinthians 41:5 – 392 D.C.; e em Homilies on Philippians 3:9-10 – 402 D.C.

 

O primeira referência deste Partriarca aparece no Catecismo: "Socorramo-los e façamos comemoração deles. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício do seu pai por que duvidar de que as nossas ofertas pelos defuntos lhes levam alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer por eles as nossas orações”. Na segunda referência a cima, o Patriarca exorta cristãos a ajudarem aqueles que "partiram [desse mundo] na fé" mas ainda precisam ser purificados.

 

São Augustino em Sermões 159:1 and 172:2 – 411 D.C.; e em A Cidade de Deus 21:13 – 419 D.C.; e em Manual de Fé, Esperança, and Caridade 18:69 e 29:109 – 421 D.C.

 

Na primeira referência, este Patriarca da Igreja, até um herói de protestantes, distingui entre aqueles que morrem em retidão perfeita atravéz do martírio e oram pelos cristãos na terra, e aqueles quem não morrrem aperfeiçoados e por quem cristãos na terra oram. No mesmo sermão ele declara que "não há dúvida" que os mortos em Cristo são ajudados pelas nossas orações. Ele diz que a "igreja inteira observa esta prática a qual foi legada pelos Patriarcas.” Em A Cidade de Deus, alguns das obras dele mais conhecidas, usada por ambos protestantes e católicos, ele declara que "nem todos que sofrem punições temporais após à morte chegarão às punições eternas". Na próxima referência ele diz que "alguns dos fieis sejam salvos ... atravéz dum certo fogo purgatorial" e que não pode ser "negado que as almas dos mortos encontram alívio atravéz a piedade dos amigos e parentes quem são vivos ainda.”

 

São Francisco de Sales, escrevendo no século quinze, nos fornece com um bom resumo: "Todos os Patriarcas antigos criam [a doutrina de purgatório], e testamunharam que foi da fé apostólica. Aqui está os autores que temos por ela. Entre os discípulos dos apóstolos, S. Clement and S. Denis. Depois deles, S. Athanasius, S. Basil, S. Gregory Nazianzen, Ephrem, Cyril, Epiphanius, Chrysostom, Gregory Nyssen, Tertullian, Cyprian, Ambrose, Jerome, Augustino, Origen, Boethius, Hilary, ou seja, toda antiguidade tanto longa atrás como 1.200 anos no passado."[1] Viu que a lista inclui até os discípulos dos apóstolos que criam e ensinavam as orações pelos mortos e Purgatório? Viola boa razão para supôr que eles erravamos no que os apóstolos, com quem estavam, ensinavam.

 

Acima, então, é evidência suficiente que a Igreja, desde seus dias mais cedos orava pelos mortos e que sempre cria que existe um terceiro lugar que ficou com o nome Purgatório. Não contradiz outra doutrina cristã, então porque negá-la?

 

De fato, apareciam frequentemente grupos que eram heréticos em outras crenças quem negaram a doutrina de Purgatório. Segundo São Francisco de Sales, a primeira negação explícita de Purgatório foi das filas de arianismo, um grande grupo herético no quarto século, o qual também ensinava que Jesus foi criado por Deus e portanto não é divino—um ensinamento na face do que a Igreja formulou a doutrina da Trindade em 325 D.C., (aliás, as Testemunhas de Jeová constitui arianismo atual). Depois disso, apareceram grupos de vez em quando atravéz a história da Igreja que negaram a doutrina, enquanto a Igreja aguentou firmamente. Então chegaram os protestantes. É interesante que Lutero não negou a doutrina no início. Ele disse atravéz seu teólogo, Melanchthone, na Epistola de Lipsica Disputatione que ele firmamente cria e até sabia que Purgatório existe, o que mais tarde retirou depois em De Abroganda Missa Privata.

 

Interesante também, até o reformador do século 16, João Calvino, escreveu em seu Institutos da Religião Cristã que "mais que 1.300 anos atrás foi recebido que as orações devem ser oferecidas pelos mortos."[2] Ele admite que a Igreja cria isso desde do início. Mas qual é a avaliação dele deste fato? Ele declara, "Mas todos, eu confesso, cairam em erro."

 

Ora, para mim é uma afirmação extremamente audaciosa um indivíduo fazer, que a Igreja inteira de Jesus Cristo estava em erro por séculos sobre tão importante verdade, até chegar o indivíduo, juntamente com alguns outros, para “corrigí-la”. Realmente, é tão audacioso, que eu não posso acreditar. Enfim, minha fé em Cristo, quem declarou que os portões de inferno não venceriam a Sua Igreja, a mesma que São Paulo chama a “coluna e esteio da verdade” (1 Tim. 3:15), leva-me escolher a doutrina dela em vez do ensinamento dum indivíduo que apareceu uns 1.500 anos depois de quando Cristo a estabeleceu.

 

= Citado em inglês por Catholic Answers (“Respostas Católoicas”) na página http://www.catholic.com/library/Roots_of_Purgatory.asp.

[1] São Francisco de Sales, The Catholic Controversies (Rockford, IL: TAN Books and Publishers, 1989), 378. Traducido aqui por Errin D Clark.

[2] João Calvino, Institutes of the Christian Religion, Livro III, capítulo 5, secção 10. Citado em São Fracisco de Sales, Controversess, capítulo 9.


    

Thursday, December 4, 2008

Purgatório - Parte III: A Base Bíblica

2. Talvez você ache que cada purificação necessária só acontecerá nesta vida, e portanto não tem necessidade duma purificação final. Mas, quais versículos ensinam que toda purificação vai acontecer antes da morte de cada cristão? Quais implicam isso? Na verdade, tem versículos que implicam o contrário. Então, agora, ter visto o que Purgatório realmente é, gostaria falar da base da doutrina nas Escrituras Santas, na história da Igreja cristã e em bom raciocínio.

A. Primeiro, a doutrina tem base na Bíblia…

Mateus 12:31-32
31Portanto vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. 32Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro.

Aqui, Jesus diz que o pecado grave de blasfêmia pode ser perdoado, “mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro.” Então, vemos que há um pecado que não permite perdão (porque pela natureza dele, exclui o querer de perdão no ofensor). Jesus disse que este pecado exclui perdão neste mundo somente? Não, mas excluí-a também no vindouro. A implicação lógica é que outros pecados podem encontrar perdão neste mundo e no vindouro. Mas como pode ter pecado perdoado onde não tem pecado? Certamente não tem pecado no Céu. Também temos certeza que pecados no inferno não serão perdoados. Então, o que Jesus fala pelo menos implica que tem mais perdão que chega no mundo que vem. E isso mesmo faz parte da idéia de Purgatório.

Alguém pode dizer, “Mas, todos pecados foram perdoados na cruz,” ou “todos eles foram perdoados quando se aceita Jesus.” Se esta objeção quer dizer que não temos que buscar perdão agora quando pecamos (e ninguém pode negar que pecamos, certo?), então a objeção nega o que Jesus e os apóstolos ensinavam claramente: que temos que pedir perdão. “Perdoa-nos nossos pecados,” Jesus disse a orar; e o santo apostolo promete que, pelas orações dos presbíteros, se algun de nós cometeu pecados, “ser-lhe-ão perdoados” (Tiago 3:15).

Talvez alguém diga que Purgatório envolve pagamento de pecado, e é essa idéia que está contrária à verdade que Jesus fez pagamento de pecado na cruz. Mas, é a verdade que, em sentidos totalmente consistentes com o pagamento final e perfeito de Jesus na cruz, todos nós pagamos agora rotineiramente por nossos pecados. Eu vejo pelo menos quarto maneiras que pagamos.

1.) Primeiro, cada vez nós pecamos nós fazemos nosso próprio caráter menos puro, e menos capaz resistir tentação futura (a menos que recebemos graça).

2.) Uma segunda maneira pagamos é que, para salvar-nos de nossos pecados, o Deus de amor permite sofrimento entrar noassas vidas para tratar o caráter. Isso também é um pagamento por causa de pecado. Não é pagamento com respeito a ser perdoado ou não, mas com respeito a mudar o nosso jeito e levar-nos para humildade. Isso é a misericórdia de Deus:

6pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho. 7É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija? 8Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, sois então bastardos, e não filhos. 9Além disto, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e os olhavamos com respeito; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, e viveremos? 10Pois aqueles por pouco tempo nos corrigiam como bem lhes parecia, mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade (Heb. 12:6-10).

E lembre bem: sem santidade “ninguem verá o Senhor” (Heb 12:14).

3.) Além disso, e terceira, quando nós pecamos, nós provavelmente tenhamos que fazer outro tipo de pagamento: as consequências naturais dos nossos pecados que muitas vezes trazem sofrimento.

4.) E nós pagamos até mais numa outra maneira. Este quarto pagamento é necessário: nós nos arrependemos. Mas arrependimento não é só palavras, é fazer penitência mesmo. É preciso, como a Bíblia diz, produzir “frutos dignos de arrependimento” (Lucas 3:8).

Em fim, se todo este pagamento ocorrem nas vidas dos salvos aqui, neste mundo, porque não sofrermos no próximo, a fim de que um amado de Deus que morre não aperfeiçoado ainda pode ver ele face a face e viver? Purgatório é misericórdia, assim como é cada momento nesta vida.

1 Coríntios 3:11-15
Estes versículos são os mais claros que ensinam sobre uma purgação final. Dizem assim:

11Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. 12E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será reveldada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. 14Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão. 15Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo todavia como que pelo fogo.

Como será este acontecimento inevitável, não sabemos, mas tem coisas claras para notar. O fogo aqui é de julgamento mesmo. Vemos que ocorre “naquele dia” e é uma provação das nossas obras. Note também que o que vemos aqui conforma-se o que foi dito acima, que Purgatório não antecipa o julgamento, nem constitui uma segunda chance obter redenção ou salvação. Será uma provação final com respeito a vida no Céu. E terá aquele salvo que “sofrerá prejuízo...como que pelo fogo.” Afinal, veja dois fatos: Primeiro, esse sofrimento não é de inferno, claro, pois a pessoa é salva. Segundo, isso não ocorre no Céu, pois não tem sofrimento no Céu (veja Ap 7:17 e 21:4). . Então, temos que concluir que a Bíblia descreve um terceiro estado: é um estado ou acontcimento de julgamento, até um “fogo,” mas um que é temporário e no qual sofrem só alguns salvos antes de irem ao Céu. Isso, simplesmente, é o que é Purgatório.

1 Pedro 4:12-18
12Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse; 13mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis. 14Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus. 15Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios; 16mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome. 17Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus? 18E se o justo dificilmente se salva, onde comparecerá o ímpio pecador? 19Portanto os que sofrem segundo a vontade de Deus confiem as suas almas ao fiel Criador, praticando o bem.

Aqui o santo apóstolo não fala d’um julgamento após a morte, mas o cotexto presente é sofrimento de cristãos como julgamento. E isso é muito importante, eu acho, para entender a necessidade de Purgatório. Olha no versículo 17. Quem está sofrendo? A “casa de Deus”: cristãos. E o que, pelo menos em parte, é o motivo deste sofrimento? “Julgamento”. Como é que sofrer por ser cristão é na mesma vez um sofrer de julgamento? Não é que Jesus sofreu em nosso lugar? Sim. Ele pagou pelos nosso pecados. Ele sofreu por nos, todo cristão crê isso, ou seja, todas tradições cristãs ensinam isso. Mas todos os cristãos devem crer, também, que sofrer faz parte ser salvo, pois a Bíblia ensina isso, como nós vemos no versículo 13, 18 e 19. Notamos, porém, que nosso sofrimento é tal que é participar no sofrer de Cristo. Todo nosso processo de se purificar involve sofrimento e é uma participação no sofrer de cristo. Purgatório é isso: é a aplicação da cruz a nós. E é necessário por alguns salvos. Quem é salvo sofre um julgamento, ele “padece” sim, mas se ressucita também porque o salvo está em Cristo.

Enfim, há um base bíblica para a crença que Purgatório faz parte da redenção de alguns salvos.

Purgatório - Parte II: A Doutrina

1. O que é Purgatório? Aqui está o ensinamento católico oficial diretamente do Catecismo da Igreja Católica:

III. A purificação final ou Purgatório
1030. Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.
1031. A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativamente ao Purgatório sobretudo nos concílios de Florença e de Trento. A Tradição da Igreja, referindo-se a certos textos da Escritura fala dum fogo purificador:
«Pelo que diz respeito a certas faltas leves, deve crer-se que existe, antes do julgamento, um fogo purificador, conforme afirma Aquele que é a verdade, quando diz que, se alguém proferir uma blasfémia contra o Espírito Santo, isso não lhe será perdoado nem neste século nem no século futuro (Mt 12, 32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas neste mundo e outras no mundo que há-de vir».
1032. Esta doutrina apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, de que já fala a Sagrada Escritura: «Por isso, [Judas Macabeu] pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres das suas faltas» (2 Mac 12, 46). Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos:
«Socorramo-los e façamos comemoração deles. Se os filhos de Job foram purificados pelo sacrifício do seu pai por que duvidar de que as nossas oferendas pelos defuntos lhes levam alguma consolação? [...] Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer por eles as nossas orações».

Acima é a doutrina de Purgatório. Note vários pontos sobre o que Purgatório é e não é:

i. Purgatório é para os salvos somente. Não é um lugar onde a salvação está em questão. Absolutamente todos em Purgatório são salvos e vão para Céu para estar com Deus para sempre. Não é uma segunda chance de redenção; no contrário, é a realização final da redenção daqueles que chegam à morte não ainda aperfeiçoados em santidade.

ii. Purgatório é essencialmente uma purificação final. Isso é necessário porque somente as pessoas que são perfeitamente santas podem estar no Céu com Deus (Hebreus 12:14; Apócolipse 12:27), mas muitas vão morrer sendo salvos, embora não aperfeiçoados em santidade. Tais pessoas não são separadas de Deus pelo pecado, mas ainda têm mais crescer em santidade. Portanto, pessoas quem morrem assim certamente vão ao Céu, mas precisam “se limpar” antes de chegar a ver Deus face a face na glória (1 Corintians 13:12). Não é um “lugar entre Céu e inferno” como alguns caraterizam erradamente.

iii. Purgatório involve sofrimento. Este fato não deve supreender-nos, pois todo arrependimento involve sofrimento. Todos que querem seguir o Senhor precisam sofrer, ensinam as Escrituras (Romanos 5:3, 2 Corintians 1:5, Filipenses 3:10; 2 Tessalonicenses 1:5; 1 Pedro 1:6). Aqueles que não participam no sofrimento d’Ele, não participam na Sua glória. Realmente, se a obediência de Cristo foi aperfeiçoada atravez sofrimento (Hebreus 2:10), então como devemos escapá-lo, nós que seguimos nos passos d’Ele? Por algumas pessoas, tudo isso vai acontecer nesta vida, mas muitos vão sofrer num julgamento divino, mas ser salvos “todavia como pelo fogo” (1 Coríntios 3:15).

Entendendo estes pontos, vemos que Purgatório não diminui o sacrfício do Cristo de jeito nenhum. Realmente, Purgatório aplica o sacrifício de Cristo. Pois, nesta vida precisamos viver uma vida de transformação para santidade. Isso é exatamente o que salvação é. A Bíbla ensina que Jesus veio para salvar-nos de pecado em si mesmo, não meramente da penalidade de pecado (Mateus 1:21; Romanos 8:18-30). Portanto, aqueles quem desejam estar com Deus precisam buscar ser puros (1 João 3:2-3). Isso acontece nesta vida, e por alguns—talvez muitos—também na primeira parte da vida que vem. Se, como a Bíblia ensina claramente, precisamos sofrer para ser purificados, porque isso não seria compatível com o sacrifício perfeito de Jesus se o sofrimento acontecesse em Purgatório, mas seria compatível com Seu sacrifício quando ele acontece nesta vida? Esta objeção não faz sentido. Ambos sofrimentos—nesta vida, e por alguns aquele sofrimento em Purgatório—costituem a mesma coisa com o mesmo propósito. Precisamos purificar-nos, e isso involve sofrer. Precisamos passar através tudo isso antes de ver Deus face a face.

Além disso, o julgamento que nos espera depois da morte (Hebreus 9:27) é individual e com respeito a ir para Céu ou inferno. Mas aqueles em Purgatório não estão esperando julgamento: já foram julgados e esperam ver Deus na visão beatífica quando chegam à santidade perfeita.

Há mais um ponto: a doutrina não fala nada duma duração de purgação. Ninguém realmente sabe se dura um instante ou muito tempo.

Purgatório - Parte I: Introdução

Amada irmã,

Você disse no seu e-mail: Purgatório "é uma doutrina equivocada da Igreja católica, assim como o batismo de crianças e o culto à imagens, etc. A Bíblia diz que depois da morte, segue-se o juízo (Hb. 9.27). Não há uma segunda chance de redenção, tampouco um estágio intermediário de pagamento de pecados para os homens. Até porque não há necessidade, já que o Senhor Jesus já resgatou toda a nossa dívida, quando foi crucificado na cruz do Calvário (Colossenses 2.13,14, aliás, leia todo esse capítulo). A Bíblia diz: olhai para Ele e sereis salvos (Is. 45:22)."

Eu sei que a verdade de Deus é de primeira importância para você assim como é para mim. E assim como você, eu nunca poderia crer algo que vejo que contradiz o ensinamento da Escritura Santa, ou diminui o sacrifício perfeito que Jesus fez na cruz, nem um ensinamento que mine fé em Deus, específicamente fé que é Ele que salva pela graça e que nós dependemos totalmente n’Ele, contribuindo nada a nossa salvação.

Então, eu lí sua resposta sobre a doutrina de Purgatório e quero falar sobre o que eu descubrí dos meus estudos. Pois é, recentemente eu tenho estudado a Bíblia e doutrina cristã atravez a história e eu estou vendo que há muito mal entendimento sobre muitas doutrinas que sempre fizeram parte do cristianismo ortodoxo. Por exemplo, você disse que a doutrina de Purgatório é equivocada, sugerindo que a idéia de Purgatório não é compatível com o juizo que segue a morte, também que Purgatório significa uma “secunda chance de redenção” onde pessoas fazem “pagamento de pecado,” e que, por isso, a doutrina insulta o sacrifício perfeito de Cristo porque ela implica que nossa salvação depende de nossos esforços além de graça divina ou que Cristo não pagou tudo. Sabe, eu concordaria com você se isso foi a doutrina de Purgatório, mas o que você parece ter em mente certamente não é a doutrina. Eu lí os ensinamentos e as doutrinas officias, e a Igreja Católica nunca ensinou que algo mais que o sacrifício de Cristo paga nossos pecados para obter perdão. Ela sempre condenava os ensinamentos que dizem que nós contribuimos para a nossa salvação e santidade além do que fazemos por graça. Sempre ensinava salvação é de graça somente. A doutrina verdadeira de Purgatório não é uma doutrina equivocada ou algo adicionado a doutrina verdadeira de cristianismo. Eu descobrí que a doutrina real de Purgatório sempre fez parte da doutrina ortodoxa desde do início, e é totalmente consistente com os ensinamentos de Jesus e os apóstolos que lemos nas Escrituras, pois originou com eles. Portanto, é a negação dessa doutrina que é equivocada.

Eu oro que você considere cuidadosamente o que eu aprendí e vou dizer. No seguinte, apresentarei (1) a doutrina verdadeira de Purgatório que era crida desde do início da Igreja (embora, como outras doutrinas, por exemplo da Trindade, a explicação de Purgatório foi elaborada sobre tempo) e (2) sua base em (A) a Bíblia, (B) a história do que cristãos sempre criam e ensinavam, e (C) bom senso.

Wednesday, December 3, 2008

Purgatório - Preliminário

Estas cinco postagens sobre purgatório constituem minha resposta a uma email eu recebí. Recentemente me tornando católico, estou admirado como minhas objeições à Igreja foram baseadas em rumores, familaridade superficial e numa falta de conhecimento, mesmo. Então, embora eu não culparia ninguém que, com uma consideração sincera e sadia, acaba discordar com o ensinamento católico, por favor, querido evangélico, protestante ou não-católico, dê uma consideração sincera. Pois, tem nada temer da verdade - especialmente para nós que realmente queremos servir Ele que é a Verdade.

Monday, July 28, 2008

A bloglet, newly born.

This is my first blog. It is very new to me, as I am to it. If it were a mammal it might still have its lanugo. It will mature soon and hopefully live to see many posts.